quarta-feira, 6 de abril de 2011

O tempo não existe

O tempo está no espaço vago de uma reticência
No momento exato do primeiro cruzar de olhos
No primogênito sorriso encabulado
Na cumplicidade do olhar
Na simpatia do verbo
Na alegria do toque
Dos corpos em gozo choque
É o hiato pleonasmo da total ausência de ar pouco antes do primeiro toque dos lábios
O tempo... é meu enquanto quer ser
É seu enquanto quer te ter
É nosso enquanto quisermos
É de Deus enquanto Deus existir
E mesmo assim quem não existe é o próprio tempo
E dele pavimentamos todos os nossos caminhos
Portanto, que se faça o tempo do amor
E dele a nossa atemporal história
Para que não julgue quem desafiar a dúvida
Para fazer de quem se ama, meu tempo...
...minha vida
...minha memória...


Denis

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